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INVESTIGAÇÃO

Polícia investiga possível envolvimento de diretor de Fundação na morte de enfermeira piauiense

A enfermeira Jandra Mayandra foi assassinada em 15 de maio

28/07/2024 09h41Atualizado há 10 meses
Por: Redação
Fonte: 180 graus

A Polícia Civil está investigando se o diretor de uma fundação responsável por administrar hospitais no Ceará ordenou o assassinato da enfermeira piauiense Jandra Mayandra, de 36 anos, morta no dia 15 de maio deste ano no Bairro Pirambu, em Fortaleza. A informação foi divulgada no Diário da Justiça Eletrônico (DJE) de quinta-feira (25).

Segundo a publicação, o diretor, que contratou a vítima tanto na fundação quanto no hospital onde ela trabalhava atualmente, demonstrou "inconsistências" em seu depoimento. A polícia suspeita que a morte de Jandra esteja ligada ao processo que levou à intervenção na fundação.

O homicídio da enfermeira apresenta características típicas de um "assassino profissional" e a vítima seria um alvo devido ao seu conhecimento privilegiado sobre a fundação em que trabalhava. A fundação, que recebe recursos milionários, é alvo de denúncias de fraudes.

"Consta do relatório de investigação que os executores da vítima a seguiam desde seu local de trabalho, o Hospital Dr. Osvaldo Cruz. Apontaram como motivação do crime o cargo que a vítima Jandra ocupava no hospital. Sua morte, possivelmente, foi a solução encontrada para silenciá-la a respeito de informações privilegiadas envolvendo a fundação e o processo em que esta estava sendo investigada na cidade de Juazeiro do Norte, acontecimentos diretamente relacionados ao investigado", diz um trecho do documento.

O diretor teve o celular apreendido, e a Justiça autorizou acesso ao conteúdo do aparelho pela polícia para investigação criminal.

"Há indícios de que o crime foi planejado, bem como de que houve divisão de tarefas para seu êxito, razão pela qual o acesso ao aparelho telefônico é imprescindível para obtenção de informações referentes às circunstâncias do crime e modo de organização dos agentes envolvidos, informações que não poderiam ser obtidas por outros meios, considerando que o planejamento do crime, por certo, alcançou também a etapa posterior, a de ocultação de elementos relacionados à autoria e à participação", consta no documento.

Recentemente, surgiram informações sobre a possível manipulação da cena do crime por policiais militares. Conforme a edição de quinta-feira (25) do Diário de Justiça do Estado (DJCE), estojos de projéteis encontrados no local foram supostamente removidos indevidamente por policiais militares que atenderam à ocorrência.

A publicação do DJCE revela que uma testemunha, que também é policial militar, relatou a presença de seis integrantes do Comando de Policiamento de Rondas de Ações Intensivas e Ostensivas (CPRaio) na cena do crime. Esses policiais teriam identificado a arma do homicídio como uma pistola calibre .40, com base na presença de três estojos desse calibre encontrados perto do veículo da vítima na Avenida Leste-Oeste.

No entanto, esses estojos não foram entregues à Polícia Civil, responsável pela investigação, e nem foram encontrados pela Coordenadoria de Inteligência (Coin) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). A falta desses projéteis prejudica a investigação, pois a identificação e rastreamento dos estojos poderiam ter ajudado a determinar a origem da munição utilizada no crime.

A enfermeira Jandra Mayandra foi assassinada em 15 de maio por disparos de arma de fogo efetuados por um motociclista. O crime ocorreu na Avenida Presidente Castelo Branco, no Bairro Pirambu. Jandra estava voltando do trabalho quando o retrovisor de seu carro foi atingido pelo motociclista. Seguiu-se uma discussão, após a qual o suspeito disparou contra ela. Acredita-se que a discussão foi provocada para dar a impressão de que o crime foi motivado por uma briga de trânsito. O carro da enfermeira apresentava pelo menos três marcas de tiro.

Quatro policiais militares suspeitos de envolvimento no assassinato da enfermeira Jandra Mayandra foram liberados pela Justiça. A decisão foi tomada pela 5ª Vara do Júri. Os agentes de segurança haviam sido presos na última quinta-feira (6) em Fortaleza. Um deles é policial aposentado, enquanto os outros três estão na ativa. A prisão dos quatro policiais foi realizada pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD), através da Delegacia de Assuntos Internos (DAI) e da Polícia Civil do Ceará.

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