O menino de 8 anos internado em estado grave por envenenamento, em Parnaíba, está reagindo bem ao tratamento e será transferido para Teresina na noite deste sábado (24). O irmão mais novo, de 7 anos, também envenenado, deve permanecer no litoral do Piauí por ainda não ter condições de viajar.
A mãe das crianças, Francisca Maria Silva, informou que o filho mais velho já abriu os olhos e movimenta o pescoço, as pernas e os braços. O caçula se recupera mais lentamente, mexendo apenas as mãos.
“O mais velho vai para Teresina, acompanhado da minha tia. Eu vou ficar com o mais novo, que também deve ir [para a capital] assim que melhorar”, contou a mãe.
Os irmãos estão entubados no Hospital Nossa Senhora de Fátima, anexo do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda). O transporte da criança de 8 anos será feito por uma aeronave do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
A assessoria do Heda afirmou que a equipe médica do hospital realizou um exame para determinar a substância que envenenou os meninos, mas os resultados ainda não estão disponíveis.
Crianças receberam saco de cajus
A mãe dos irmãos relatou que, na sexta-feira (23), o filho mais velho chegou à casa da família com um saco de caju, que teria sido oferecido pela vizinha Lucélia Maria da Conceição Silva, suspeita de envenenar as crianças. Ela foi presa e encaminhada à Central de Flagrantes de Parnaíba, onde continua detida.
“Ele foi comer os cajus com o irmão e os dois saíram para brincar. Quando o mais novo voltou, disse que estava tonto, se sentindo mole e me pediu para segurá-lo. Eu o segurei e ele estava roxo, com a língua preta, babando e vomitando o caju”, lembrou Francisca.
O filho caçula foi levado ao hospital e, pouco depois, o irmão mais velho também deu entrada com os mesmos sintomas, trazido pelo tio das crianças. Francisca disse ainda que não tem qualquer relação com a vizinha suspeita do crime.
Dois meninos, de 7 e 8 anos, estão em estado grave por envenenamento na cidade de Parnaíba, litoral do Piauí. As crianças foram internadas nesta sexta-feira (23) e a suspeita, uma vizinha das vítimas, foi presa horas depois. Ela negou as acusações ao chegar à Central de Flagrantes. Revoltados com a situação, vizinhos incendiaram a casa da mulher.
Conforme relato de familiares, os meninos começaram a passar mal após comerem cajus que teriam sido ofertados pela mulher. Ela foi identificada como Lucélia Maria da Conceição Silva. Não se sabe se havia a intenção de envenenar as crianças ou se a intoxicação aconteceu por acaso.
Os dois meninos estão em estado grave, entubados, mas estáveis, conforme o Hospital Nossa Senhora de Fátima. A mãe das crianças informou que animais também foram envenenados no bairro Dom Rufino, onde moram.
"Relatos de testemunhas apresentaram informações de que a suspeita do crime tem conflitos com a vizinhança e de que, frequentemente, animais aparecem supostamente envenenados e mortos nas proximidades da casa da investigada", informou a Polícia Civil.
Após denúncia dos familiares das crianças, a Polícia Militar prendeu a mulher e ela foi levada à Central de Flagrantes de Parnaíba. Vizinhos que conheciam as crianças e as famílias tentaram atacar a suspeita, mas a polícia impediu as agressões.
"Fomos acionados para ir até o Dom Rufino, para ir até a casa da dona Maria da Conceição, suspeita de ter envenenado duas crianças que estão passando muito mal no hospital. Lá encontramos um animal, um gato envenenado, e nos relataram que há outros animais", informou o capitão Paulo José, da PM.
Prisão da acusada
Uma viatura foi deixada no local para evitar danos à casa de Lucélia, mas vizinhos incendiaram a casa dela durante a noite.
Após a prisão, foram feitas buscas na casa da suspeita pela Polícia Civil e apreendidos frascos que serão analisados, porque a polícia suspeita de que teriam substâncias tóxicas.
"Após colher os depoimentos, inclusive o depoimento da mãe das vítimas narrando o gravíssimo estado em que as crianças se encontram e, diante do histórico criminoso da investigada, já sendo investigada por outros crimes, a Polícia Civil realizou levantamento de dados e relatório a fim de dar robustez ao pedido de busca", completou a Polícia Civil.
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