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O perito-geral do Departamento de Polícia Científica do Piauí, Antônio Nunes, informou nesta quinta-feira (2) que, em até três dias, deverá ser confirmado se o jovem de 18 anos, morto após sinais de intoxicação em Parnaíba, foi envenenado ao consumir peixe tipo manjuba.
“A gente conseguiu coletar material logo no início [da ocorrência], e acredito que daremos uma resposta nos próximos dois a três dias, talvez até antes”, declarou o perito.
Além da vítima fatal, sete familiares que também consumiram o alimento foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e pelo Corpo de Bombeiros. As vítimas pertencem à mesma família de Ulisses Gabriel, de 8 anos, e João Miguel, de 7 anos, que morreram em agosto de 2023 após ingerirem caju envenenado. Os dois casos ocorreram no Conjunto Dom Rufino, em Parnaíba.
Duas mulheres e uma criança, de 11 anos, seguem internadas no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA).
Antônio Nunes relatou que, durante a investigação, foi coletado arroz na casa das vítimas.
"Além dos exames cadavéricos e dos realizados em pessoas vivas, nós enviamos peritos à casa e também recolhemos arroz no local", destacou.
Também foram coletadas amostras de uma lagoa próxima, onde ocorre um fenômeno que tem causado a morte de peixes. Embora ainda não se saiba se há relação com o caso, o perito enfatizou a importância de uma análise ambiental. “Há relatos de peixes mortos em uma lagoa. Não estou dizendo que tem a ver, mas, como é uma investigação, nossa equipe de perícia ambiental recolheu amostras de peixes e da água para análise", ressaltou.
O perito informou que todos os familiares apresentaram sintomas semelhantes, como complicações neurológicas, gastrointestinais e respiratórias, após ingerirem o alimento.
Entenda o caso
O delegado Renato Pinheiro afirmou que uma criança e um jovem de 18 anos foram mortos após comerem uma porção de peixe do tipo manjuba. Eles seriam primo e tio das crianças mortas envenenadas com caju. No entanto, o IML registrou a entrada apenas do corpo do jovem e a assessoria do Hospital Dirceu Arcoverde (Heda) afirmou que ninguem morreu no hospital.
Entre os familiares hospitalizados está Francisca Alves, mãe dos garotos envenenados em agosto do ano passado.
Uma testemunha relatou ao Cidadeverde.com que um homem, ainda não identificado, teria doado uma cesta básica contendo as manjubas para a família no final da manhã do incidente. Pouco tempo após consumir os peixes, os membros da família começaram a passar mal, apresentando sintomas como mal-estar, vômitos e salivação excessiva.
O delegado afirmou que ainda é cedo para descartar qualquer hipótese e está sendo apurada uma correlação entre os dois casos.
Foto: Reprodução
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