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O estudante de enfermagem preso, na quarta-feira (28), suspeito de transportar 30 tabletes de cocaína afirmou que devia R$ 4 mil a traficantes de drogas. A viagem que ele estava fazendo ia descontar R$ 3 mil da dívida.
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Um vídeo obtido pela TV Clube mostra o depoimento que o estudante concedeu na sede do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), em Teresina.
O suspeito disse que fez, ao todo, quatro viagens para transportar drogas. Ele também confessou fazer uso de maconha e haxixe.
“Eu estava devendo R$ 4 mil, ia ficar só R$ 1 mil e posteriormente eu faria algo para pagar [o restante]. Essa foi uma grande quantidade [de drogas]. Disseram que iam perdoar minha dívida se eu fosse”, alegou.
Droga vinda do Maranhão
Ele contou que começou a fazer o transporte de drogas quatro meses antes. Nas outras vezes, entregou a carga ilegal a terceiros em Timon (MA). No dia de sua prisão, estava trazendo os tabletes de Imperatriz (MA) e foi abordado pelos policiais no Posto Fiscal da Tabuleta, na Zona Sul de Teresina.
“Nunca vi o dono [da carga] pessoalmente, só falava pelo WhatsApp. Ele mandava outros irem ao meu encontro. A pessoa que ia receber ia colocar alguém para falar comigo, eu estava aguardando”, ressaltou.
Após ser preso em flagrante, o estudante foi encaminhado à Central de Flagrantes de Teresina, onde prestou depoimento e passou por audiência de custódia.
O grupo investigado por tráfico de drogas estava sendo acompanhado pela polícia, de acordo com o delegado Charles Pessoa, coordenador do Draco.
Os tabletes de cocaína foram encontrados no bagageiro do carro do estudante e estavam contidos em embalagens com o rosto de um ministro boliviano.
Segundo o coordenador, o ministro não tem qualquer relação com o crime. “Alguns criminosos utilizam algumas imagens para identificar a origem da droga e para quais pessoas ela será distribuída”, explicou o delegado.
A carga da cocaína apreendida no Posto Fiscal foi avaliada em R$ 3,5 milhões, de acordo com o Draco. Parte dela seria levada ao litoral do Piauí.
QUEM É ELE?
Leonardo foi interceptado no Posto Fiscal da Tabuleta, na entrada da capital, enquanto dirigia um veículo onde a droga estava escondida no bagageiro. A ação contou com o apoio da Força Estadual Integrada de Segurança Pública (FEISP), da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil e do Laboratório de Lavagem de Dinheiro (LAB-LD), no âmbito do programa Pacto pela Ordem.
Um detalhe chamou a atenção dos investigadores: os tabletes estavam embalados com imagens do ministro boliviano Carlos Eduardo Del Castillo, conhecido por sua atuação combativa contra o narcotráfico. A origem da droga ainda está sob apuração.
Perfil nas redes sociais
Nas redes sociais, Leonardo mantinha uma imagem aparentemente distante do crime. Ele se apresentava como estudante de enfermagem e demonstrava interesse em manejo e salvamento de répteis, publicando fotos com a família, registros acadêmicos e imagens de capturas de cobras.
Agora, o jovem foi autuado em flagrante por tráfico de drogas e está à disposição da Justiça. O caso segue em investigação pelo Draco, que apura se Leonardo fazia parte de uma organização criminosa e qual seria seu papel na logística da distribuição do entorpecente na capital piauiense.
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